Agenda: E que venha a Virada Cultural!

E mais uma vez vamos a Virada Cultural. Afinal, tantos shows de alto gabarito juntos são uma ocasião rara que precisa ser conferida. Muito embora este ano pareça que não será nem de longe melhor que 2008, só teremos uma resposta depois de tudo passado.

Esta impressão é bem latente, ainda mais considerando que começamos o ano passado esquentando com o Terço, tendo vislumbres mágicos com o Terreno Baldio e em êxtase com Som Nosso de Cada Dia. Afora que dos grandes, não sobraram muitos que ou já passaram pela Virada, ou que sempre se tem a oportunidade de ver aqui e acolá.

Desta vez nosso roteiro já começa dispensando Som Nosso. Claro que isso é irretratável, SE você não viu. Mas nós já os vimos. Alguns aqui, mais de uma vez.

E que vamos ver no lugar do Som Nosso? Bom, vamos entregar aqui o nosso roteiro: Começaremos no Teatro Municipal às 18h, com Arrigo Barnabé, imperdível, obrigatoriamente, com seu Clara Crocodilo; Na sequência, em concomitância ao SNCD, Iara Rennó, com Macunaíma Ópera Tupi às 20h30, que afinal, precisamos ver, senão acontecerá como ano passado, quando perdemos de ver Fernanda Takai cantando Nara Leão com Onde brilhem os seus Olhos na vã esperança de que teríamos outra oportunidade e acabamos sem tê-la; E , ainda no Largo Santa Efigênia logo depois de Iara, Lívia Nestrovski, às 22h30. Quem é essa menina? Pouco interessa. Ouvindo a demo do grupo Cumieira, percebe-se que ela canta horrores. Precisamos ver!

Depois, que fazer? O momento decidirá. É sempre interessante ter opções abertas. Temos Macaco Bong, que alguns aqui já viram ontem, rolando pela Virada no CCPC junto com Fóssil, inclusive com épica sessão de improviso das duas bandas juntas. Temos também Curumin, que pode ser uma boa pedida ao fim de noite.

Fim de noite? Não vamos virar? Pelo bem do domingo e pelo resto de uma semana atribulada, não. Assim, quem sabe aproveitemos mais. Que veremos? Não nos resta muito. Ano passado ainda tínhamos vários lances pra ver no domingo, a começar por Tarancón, a Takai e até Malu Magalhães, que não foi nada demais. Esse ano, tencionamos conferir logo "cedo", 12h00, Nação Zumbi, na Praça da República. Palco "Rock". Estranha e perigosa a seleção ali, depois de CPM22 e antes de Nasi, mas tudo bem. No interím, bandeamos para quem sabe o palco da Santa Efigênia ou na Conselheiro Crispiniano, já que não ouvimos tudo que queriamos de antemão, como deveria ser para tudo conhecer, mas é bem possível que algo nos surpreenda.

E terminamos o dia como? Com Ike Willis e Central Scrutinizer Band, às 17h20 na Praça da República novamente, tentando capturar um pouco do espírito de Zappa.

Esta seleção de shows parece pequena perto do que tentamos ver no ano passado. Mas nisso, acabamos descartando várias opções além do Som Nosso, como Egberto Gismonti, já que é impossível (ainda) estar em dois lugares ao mesmo tempo. Mas, pensando nas questões logísticas da Virada, é fácil entender alguns de seus aspectos organizacionais, mesmo olhando daqui. É quase óbvio colocar diversas atrações maiores, ditas principais, num mesmo horário. Isto evita palcos vazios e, logicamente, superlotação também, afinal as platéias acabam por se dividir entre várias atrações principais. Evita-se também um trágico movimento migratório das massas de palco em palco, a procura das atrações FODÁSTICAS. Eis o porque, de, por exemplo, rolar Mutantes e Som Nosso ao mesmo tempo em 2008.

Acabamos deixando de lado muitas das atrações do Teatro Municipal por se perder tempo demais nas filas ali. Iremos ver apenas a primeira do nosso roteiro no Teatro, já que podemos estar lá ANTES das 18h e aí enfrentamos horinhas perdidas, ou não. Também evitamos ao máximo o Palco Principal, já que é impossível ver qualquer coisa com um mínimo de conforto por lá, dada a gigantesca turba. Nisso, perdemos o Jon Lord e afins.

Segue o roteiro do Programa Bluga criado dentro do site da Virada. Aliás, como já dissemos no Twitter, essa iniciativa apesar de louvável, não foi muito bem implementada. O site mudou o visual de repente nesta semana, ficando mais sujo e lento, pouco user friendly, trazendo esta ferramenta, que não funciona 100%. E nada justifica isto, nem dizendo que é uma iniciativa pública. Isto não implica dizer que precisa ser ruim. Afinal, a Virada tem um nível de excelência grande.

Depois, resta-nos escrever algumas impressões e tentar transparecer aqui um pouco do que vimos. Resta saber se ainda teremos fôlego para tanto.

Nos vemos na Virada!

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