Quizumba! Verdadeiro tesouro do cenário musical são-carlense,não poderíamos deixar de prestigiar mais um show deles, desta vez no Palquinho da Federal, no dia 11 de março. Depois de uma apresentação interrompida na Semana do Bixo, no Palquinho do CAASO, e outra na Praça do Mercado no Dia Lilás, no Mês da Mulher promovido pela Prefeitura Municipal, do qual eu peguei apenas a última música, finalmente pude checar a banda mais uma vez, agora na UFSCar.
Primeiro, uma introdução: a banda Quizumba é composta por Marina Casonato, ou Tika, no vocal, Gui Ambrósio no baixo, Pablo Mendoza na guitarra e Fábio Salvatti nas baquetas. O repertório da banda traz essencialmente música brasileira, de estilos variados, mas todas de extremo bom gosto, misturando clássicos como Chico Buarque, Elis Regina, Milton Nascimento e Secos e Molhados com artistas mais atuais, representantes da "Nova MPB", como Maria Rita, Céu, Marisa Monte, Los Hermanos e Vanessa da Mata. Aqui, um muito obrigado pela valorização dos músicos atuais, mostrando que ainda existe boa música brasileira, infelizmente não mais tão reconhecida como antigamente. Uma das desvantagens do excesso de informação é que muita coisa boa fica no anonimato, debaixo de tanta porcaria. Esperemos que o "P" da sigla volte com força algum dia.
Já que estamos nesse assunto, bem que a banda poderia incorporar mais alguns nomes ao repertório, hein? Meninas como as do DonaZica, Andréia Dias e Iara Rennó. É uma pena ver gente boa assim ser tão desconhecida. Seria um prazer imenso para o pessoal do Programa Bluga vê-los no Quizumba! E, claro, ao vivo também.
Agora, ao show propriamente dito. Infelizmente e mais uma vez, por razões diversas (leia-se "nos perdemos!"), chegamos ao palquinho um tanto quanto atrasados, o que me impossibilita de comentar o início da noite em maiores detalhes. Ao invés disso, me limitarei a dar uma visão geral e uma impressão minha, particular, do evento.
Lá pela meia-noite, o show começa (ao menos para nós) em grande estilo, com Parabolicamará de Gilberto Gil, seguido de Prece Cósmica, de Secos e Molhados, esta que parecia ser bem conhecida do público presente. De cara, destaca-se a linda voz de Tika, e o instrumental bem dosado da banda, transpondo para os instrumentos do rock sambas e afins. Depois de uma pequena pausa, aparentemente por conta de uma corda estourada, a continuação com Além do Que se Vê, original do Los Hermanos (e não Loser Manos, como alguns por aqui insistem em chamar). Mesmo sendo fã dos caras, admito que achei tanto o arranjo quanto o vocal do Quizumba mais atraentes do que o original, um fato que parece se repetir com bastante freqüência (vide Deixa o Verão com Mariana Aydar, Casa Pré-Fabricada com Maria Rita, entre outras mais).
Durante todo o show, vê-se um público bastante animado e familiar com o repertório, o que me surpreendeu muito. O pessoal cantava e dançava junto da maioria das faixas, com destaque para Cara Valente de Marcelo Camelo, famosa na voz de Maria Rita, e A Rita de Chico Buarque. Bom saber que a boa música ainda tem grande audiência, caçando bem os lugares apropriados para ouvi-la. Pablo Mendoza abusa dos pedais em várias partes do show, como em Camisa Listrada da Carmem Miranda, e rouba a cena (coisa bem difícil ali, visto que temos o excelente vocal da Tika na linha de frente) em determinados momentos, como em Mistério do Planeta dos Novos Baianos.
Completam ainda o setlist adaptações muito bem elaboradas de músicas de Céu, Vanessa da Mata, Elis Regina, Marisa Monte e Chico Buarque, este último que, sem querer desmerecer o restante, consideramos o ponto alto do show. A Volta Do Malandro foi onde Tika mostra do que realmente é capaz no vocal fazendo da música algo memorável. Impossível não lembrar da versão da mesma canção que vimos e comentamos com Mônica Salmaso, cantando ao lado do Pau Brasil, mas não vou cometer a injustiça de comparar as duas.
Iniciando-se o fim, a banda continua com Deixa o Verão dos Hermanos, mais uma vez com uma versão mais interessante do que a original. Sinceramente, me passou um pouco batido, já que ainda estava um pouco aturdido com a Volta do Malandro. Depois de Muito Pouco, de Maria Rita, a banda nos presenteia com as duas primeiras músicas próprias da noite em que estreiavamos os ouvidos também: O Cobrador; e a próxima, cujo nome infelizmente desconheço, mostrando que não só de versões e releituras vive Quizumba. Seria deveras interessante ver essas e eventuais outras faixas da banda gravadas em estúdio! Tenho certeza que o resultado seria muito, muito bom. O grupo se despede com Velha Roupa Colorida de Elis Regina, deixando o público pedindo mais. É uma pena que não tenham voltado noutro bis, mas, afinal, tudo que é bom um dia acaba.
Para contentar os ânimos, eis que o próximo show do Quizumba já está marcado, para o dia 19 de Abril, às 15h no SESC de São Carlos, como bem visto na nossa agenda, por sinal. Mais fotos para lembrar do show também na conta do Picasa do Programa Bluga!
Fotos: Vincent de Almeida
Primeiro, uma introdução: a banda Quizumba é composta por Marina Casonato, ou Tika, no vocal, Gui Ambrósio no baixo, Pablo Mendoza na guitarra e Fábio Salvatti nas baquetas. O repertório da banda traz essencialmente música brasileira, de estilos variados, mas todas de extremo bom gosto, misturando clássicos como Chico Buarque, Elis Regina, Milton Nascimento e Secos e Molhados com artistas mais atuais, representantes da "Nova MPB", como Maria Rita, Céu, Marisa Monte, Los Hermanos e Vanessa da Mata. Aqui, um muito obrigado pela valorização dos músicos atuais, mostrando que ainda existe boa música brasileira, infelizmente não mais tão reconhecida como antigamente. Uma das desvantagens do excesso de informação é que muita coisa boa fica no anonimato, debaixo de tanta porcaria. Esperemos que o "P" da sigla volte com força algum dia.
Já que estamos nesse assunto, bem que a banda poderia incorporar mais alguns nomes ao repertório, hein? Meninas como as do DonaZica, Andréia Dias e Iara Rennó. É uma pena ver gente boa assim ser tão desconhecida. Seria um prazer imenso para o pessoal do Programa Bluga vê-los no Quizumba! E, claro, ao vivo também.
Agora, ao show propriamente dito. Infelizmente e mais uma vez, por razões diversas (leia-se "nos perdemos!"), chegamos ao palquinho um tanto quanto atrasados, o que me impossibilita de comentar o início da noite em maiores detalhes. Ao invés disso, me limitarei a dar uma visão geral e uma impressão minha, particular, do evento.
Lá pela meia-noite, o show começa (ao menos para nós) em grande estilo, com Parabolicamará de Gilberto Gil, seguido de Prece Cósmica, de Secos e Molhados, esta que parecia ser bem conhecida do público presente. De cara, destaca-se a linda voz de Tika, e o instrumental bem dosado da banda, transpondo para os instrumentos do rock sambas e afins. Depois de uma pequena pausa, aparentemente por conta de uma corda estourada, a continuação com Além do Que se Vê, original do Los Hermanos (e não Loser Manos, como alguns por aqui insistem em chamar). Mesmo sendo fã dos caras, admito que achei tanto o arranjo quanto o vocal do Quizumba mais atraentes do que o original, um fato que parece se repetir com bastante freqüência (vide Deixa o Verão com Mariana Aydar, Casa Pré-Fabricada com Maria Rita, entre outras mais).
Durante todo o show, vê-se um público bastante animado e familiar com o repertório, o que me surpreendeu muito. O pessoal cantava e dançava junto da maioria das faixas, com destaque para Cara Valente de Marcelo Camelo, famosa na voz de Maria Rita, e A Rita de Chico Buarque. Bom saber que a boa música ainda tem grande audiência, caçando bem os lugares apropriados para ouvi-la. Pablo Mendoza abusa dos pedais em várias partes do show, como em Camisa Listrada da Carmem Miranda, e rouba a cena (coisa bem difícil ali, visto que temos o excelente vocal da Tika na linha de frente) em determinados momentos, como em Mistério do Planeta dos Novos Baianos.
Completam ainda o setlist adaptações muito bem elaboradas de músicas de Céu, Vanessa da Mata, Elis Regina, Marisa Monte e Chico Buarque, este último que, sem querer desmerecer o restante, consideramos o ponto alto do show. A Volta Do Malandro foi onde Tika mostra do que realmente é capaz no vocal fazendo da música algo memorável. Impossível não lembrar da versão da mesma canção que vimos e comentamos com Mônica Salmaso, cantando ao lado do Pau Brasil, mas não vou cometer a injustiça de comparar as duas.
Iniciando-se o fim, a banda continua com Deixa o Verão dos Hermanos, mais uma vez com uma versão mais interessante do que a original. Sinceramente, me passou um pouco batido, já que ainda estava um pouco aturdido com a Volta do Malandro. Depois de Muito Pouco, de Maria Rita, a banda nos presenteia com as duas primeiras músicas próprias da noite em que estreiavamos os ouvidos também: O Cobrador; e a próxima, cujo nome infelizmente desconheço, mostrando que não só de versões e releituras vive Quizumba. Seria deveras interessante ver essas e eventuais outras faixas da banda gravadas em estúdio! Tenho certeza que o resultado seria muito, muito bom. O grupo se despede com Velha Roupa Colorida de Elis Regina, deixando o público pedindo mais. É uma pena que não tenham voltado noutro bis, mas, afinal, tudo que é bom um dia acaba.
Para contentar os ânimos, eis que o próximo show do Quizumba já está marcado, para o dia 19 de Abril, às 15h no SESC de São Carlos, como bem visto na nossa agenda, por sinal. Mais fotos para lembrar do show também na conta do Picasa do Programa Bluga!
Fotos: Vincent de Almeida
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