Já faz mais de um ano que publicamos este bootleg, na época apenas com o áudio do Móveis, depois do show de lançamento do segundo álbum do Móveis Coloniais de Acaju, C_mpl_te, no Salão de Eventos da USP, realizado pelo CAASO. Republicamos o áudio do show, desta vez acompanhado do áudio do Coco de Mazuca mais os encartes e labels bacaníssimos feitos por Alexandre Vergara!
Isto tudo faz parte do Relatório Final de Atividades e Aplicação de Recursos do Projeto "Apresentação Musical com Móveis Coloniais de Acaju", iniciativa da gestão do Centro Acadêmico junto a Comissão de Cultura e Extensão da Escola de Engenharia de São Carlos. E a resenha da apresentação publicada aqui no Programa Bluga está citada lá e vai anexa ao relatório, é mole? Segue junto o texto do relatório, que também está no encarte junto com nossa resenha, explicando um pouco o intuito da atividade.
Pra quem quiser montar o disco, basta imprimir em A3, de preferencia num papel mais encorpado e de acabamento brilhante, cortar e dobrar onde indicado! Pra imprimir os labels, duas alternativas: Ou aqueles adesivos para CD ou a impressão direto no disco, procure lojas especializadas. A bolinha de neoprene que prende o disco é um pouco mais difícil, mas também está diponível no mercado. Agora quem não tiver saco de fazer este trampo, pelo menos pode guardar os encartes que são bacanas, na mesma concepção de artes do álbum do grupo.
Pra quem não tiver o saco de fazer isso e ainda assim quiser uma cópia pra ficar na história, vamos tentar articular a publicação de uma tiragem de mil cópias com as partes envolvidas para fins de divulgação. Veremos se sai. Enquanto isso, declare o interesse em uma cópia nos comentários da postagem!
Baixe AQUI o bootleg, com áudio e os encartes todos!
"O CAASO teve o prazer de receber a banda Móveis Coloniais de Acaju. O Centro Acadêmico, numa realização da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, ofereceu a apresentação especial aos alunos dos campi 1 e 2 da USP São Carlos, ao município e à região. Este material tem a finalidade de documentar essa realização e relatá-la à Pró-Reitoria, cuja contribuição para a viabilização do evento foi fundamental.
O Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira tomou a iniciativa de realizar o Projeto Apresentação Musical com Móveis Coloniais de Acaju com o intuito de aproveitar o Salão de Eventos da USP São Carlos; estrutura pública a qual possui responsabilidade pelo uso e, portanto, deve garantir e promover sua utilização de forma a contribuir para que as comunidades uspiana e sãocarlense tenham pleno desenvolvimento da cultura, da arte e da sociabilidade.
Capaz de cumprir esse papel, Móveis Coloniais de Acaju, ou simplesmente, Móveis, foi convidada a trazer ao campus sua honesta produção musical. Aproveitou-se a oportunidade de se realizar uma das primeiras apresentações de lançamento do álbum C_mpl_te, produzido pela Trama e disponível gratuitamente na internet pelo projeto Trama Virtual. A postura sincera diante dos processos de produção artística atuais, a qualidade das canções, o humor com seriedade das letras despretensiosas, mas refinadas, a performática e instigante forma de se apresentar, a pluralidade de referências e recursos musicais, essas entre outras qualidades puderam ser comprovadas plenamente.
Através dos recursos disponibilizados pelo Fundo de Cultura e Extensão Universitária, teve-se um evento riquíssimo, capaz de exibir um panorama significativo da atual música nacional. Além do Móveis, que trabalha através de uma relação com o pop e assim, atingindo um público cada vez maior e conquistando pessoas para toda uma série de produção independente contemporânea nacional, o evento foi engrandecido pela presença do Coco de Mazuca. Os músicos que abriram o palco para a grande atração da noite, na verdade, tratavam-se ali das mais ilustres presenças. O então recente projeto Coco de Mazuca é composto pelos mais experientes e significativos percussionistas brasileiros: Marco Axé, conhecido músico que acompanha o cantor e compositor Otto, dissidente do histórico Chico Science e Nação Zumbi; Gustavo da Lua e Toca Ogan, ambos membros do atual Nação Zumbi, projeto que continuou após a trágica e prematura morte de Chico Science.
O Coco de Mazuca, de Pernambuco, viaja pelo país trazendo o coco, ritmo que remete a origem desses músicos, origem contribuinte para o caldo antropofágico do Mangue Beat, movimento dos anos 90 a que se filiaram, entrando para a história da música brasileira e mundial. São Carlos pode então ter a oportunidade de conhecer o Coco, esse retorno a uma das mais tradicionais expressões da cultura nacional. Fato que mesmo para a organização foi uma boa surpresa, já que era prevista a vinda do Maquinado, como se pode ver no material de divulgação. O Maquinado é um projeto de Lucio Maia, também integrante do Nação Zumbi e parte da história do Mangue Beat. O projeto ainda conta com o próprio Toca Ogan do Coco de Mazuca, no entanto a idéia do Maquinado é inversa a do Coco, investigando como a cultura pernambucana reage perante a metrópole São Paulo. Assim, é importante relatar esse imprevisto, mas destacando que a curadoria agiu com apurado critério e buscou manter a mesma linha para a substituição, obtendo um feliz resultado mesmo diante da ausência da atração esperada.
“Pois é, Maquinado, a despeito do que tínhamos anunciado antes aqui, infelizmente não pôde vir. Ficam os parabéns aos organizadores por acharem um substituto a altura, de última hora. (…) vê-se que a escolha em chamá-los foi bem acertada.”
(Programa Bluga, 23/maio/2009, programabluga.blogspot.com)
Não deixando de contribuir para a difusão da boa música atual brasileira, antes, no intervalo e após as apresentações, Felipe Silva, trazendo a Discotecagem Radiofônica Independência ou Marte, ofereceu ao público o que há de melhor rolando por aí: Guizado, Maquinado, China, Curumin, entre outros, figuraram em sua lista.
Mais uma vez então, o CAASO, através de uma realização da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e em parceria com o Núcleo Cooperativo de Comunicação e Cultura de São Carlos Massa Coletiva, foi palco para importantes nomes da produção musical nacional, assim como o bem fizeram anteriores gestões do CA, responsáveis para que nomes como Mundo Livre S/A, Nação Zumbi e Cordel do Fogo Encantado marcassem presença em nosso campus, configurando-o como um ponto relevante e potencial de difusão cultural na região. Sendo assim, considera-se satisfatória a importante e indispensável realização do Projeto Apresentação Musical com Móveis Coloniais de Acaju.
Agradecimentos a todos que construíram o evento e o apoiaram: Prof. Dr. Francisco Antônio Rocco Lahr, orientador do projeto; Conselho de Cultura e Extensão USP – São Carlos; Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP; todos os funcionários da Escola de Engenharia de São Carlos envolvidos, especialmente Nilza Chamas, Patrícia Rui, Antônia Frigério, Elson Rosalis e Carlos Rodrigues; Fabrício Ofuji, produtor do Móveis Coloniais de Acaju; Coco de Mazuca; Massa Coletiva; Programa Independência ou Marte; Rádio UFSCar; Diretoria do CAASO – Gestão Abre a Roda; Programa Bluga; Gustavo Koshikumo; Vaccare Som e Luz; Ronei (Trem Bão) e todos que prestigiaram.
2. Resultados Alcançados:
A repercussão da iniciativa atraiu assim parcerias importantes para a continuidade da idéia de CAASO e USP São Carlos como ponto de difusão da cultura. Através da parceria com o Massa Coletiva, criou-se uma relação com o Circuito Fora do Eixo, rede de produção cultural que fomenta a circulação de músicos pelo Brasil e países vizinhos. Após essa realização, o Fora do Eixo viabilizou a vinda ao campus das bandas de Recife Nuda e A Banda de Joseph Tourton, presentes na Noite do Macaco em agosto de 2009 e no Festival Macacada em fevereiro deste ano. Ambos eventos culturais realizados com o apoio da USP pelo Macaco, Movimento Artístico e Cultural do CAASO, que embora não seja burocraticamente relacionado ao CA, se constitui nesse espaço e visa interagir com toda comunidade uspiana sãocarlense. Da mesma forma, a relação com o Massa Coletiva fez com que Guardaloop, de Recife, e Roots Rock Revolution, de São Paulo figurassem na Semana do Macaco, em agosto de 2009 Para ampla divulgação, obteve-se apoio da Rádio UFSCar e do Projeto Independência ou Marte, que produziram uma vinheta e receberam a organização em programa ao vivo.
Um dos objetivos do projeto era a realização de um evento gratuito, com a finalidade de atrair o público universitário e garantir o acesso a toda população de São Carlos. Por pouco não foram obtidos os recursos e patrocínios esperados. Em vista disto, foi garantida a qualidade do evento abrindo bilheteria com entradas a preços reduzidos. Como incentivo e benefício, o associado ao Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira teve direito à entrada pelo valor simbólico de R$ 1,00 (um real), para os demais o bilhete teve custo de R$ 6,00 (seis reais), garantido o direito a estudantes, professores, menores de 18 anos e pessoas acima de 60 anos a pagarem metade dessa quantia. Dessa forma acredita-se ter garantido o acesso a maioria. Obteve-se um público abaixo do esperado, mas ainda assim, satisfatório e expressivo. Prestigiaram o evento 1600 pessoas.
“O evento rolou super bem, (…) e tudo a um preço modestíssimo, com o uso de verbas dos fundos de Cultura e Extensão da USP. Evento bom e barato não se vê todo dia, nem cai do céu. Como comentado pelo próprio André Gonzales, vocalista do Móveis, no meio do show, somos privilegiados.”
(Programa Bluga, 23/maio/2009, programabluga.blogspot.com)
Como resultado foi gerada a gravação do áudio das apresentações, capturado diretamente da mesa de sonorização, com autorização dos produtores. O material mixado é distribuído gratuitamente pelo Programa Bluga através do endereço: http://programabluga.blogspot.com/. As gravações foram encaminhadas à produção dos artistas. Para o Coco de Mazuca, por ter sido naquele momento um projeto recente, tratava-se da única gravação de muitas das execuções do Coco, ou seja, produziu-se um material gravado que os próprios artistas ainda não possuíam. O áudio das apresentações acompanha esse relato e não deve ser distribuído com fins lucrativos. O intuito da produção do material é constituir acervo do CAASO como um registro histórico da realização do Centro Acadêmico, além de difundir a boa música e contribuir para o sucesso daqueles que a produzem.
São Carlos, 16 de abril de 2010.
Alexandre Vergara"
2 comentários:
Boooa, man!
Muito bom,
e se um dia sair esse bootleg, eu quero uma copia oficial.
lgbasso@gmail.com
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