

Também não é por menos, pois existe em torno da banda todo um universo, quase uma mitologia, o Terreno em si é um daqueles lugares mágicos que em algum momento você sabe que existe escondido no mundo e que particularmente durante esse show foi transportado para aquele auditório, tornando cada um dos espectadores cúmplices de um acontecimento mítico em que todos puderam ceder ao impulso de dançar, de festejar e comemorar, mesmo que sentados. Afinal, eles são uma bandas que consegue transpor musicalmente todo o misto de sensações e desejos que uma boa narrativa consegue trazer. Quando ouvimos qualquer de suas músicas, mais que nos transportarmos para a situação de que ela conta, sentimos essa situação, nos sentimos n

É sempre difícil escolher momentos de destaque de um show desse, mas se vamos faze-lo é justo dar o mérito à sequência que se inicia com a instrumental O Vôo Sempre Continua, que Lazzarini, sempre muito carismático e brincando com o público, diria funcionar devido ao seu "teor de auto ajuda", afinal contem várias crescentes que se encadeiam, mas cujo mérito recai muito na maneira como as linhas de teclado conversam com todos os outros instrumentos, em especial a guitarra, tornando a todos ali presentes impossível segurar as palmas. Depois dessa vem Despertar, onde Lazzarini novamente dá um show à parte para então culminar na clássica Pássaro Azul, introduzida com um duo de guitarra e violino: o momento de Mozart Mello mostrar porque é uma figura tão emblemática para todos os guitarristas do país.
Sendo a única do CD Além das Lendas Brasileiras, a irreverente Saci Pererê sempre que aparece dá aquele gostinho desse álbum, que, infelizmente não foi muito abordado no show. Uma lástima, uma vez que muitos esperavam algumas músicas dele desde a última apresentação. E aqui chegamos ao talvez único ponto negativo do show, a Set-List foi exatamente a mesma da apresentação anterior. Ainda que essa seja uma boa seleção, e que o Terreno Baldio seja o disco de estréia e bastante característico da sonoridade da banda, as pessoas sentem falta de mais músicas do "Além das Lendas" durante o show. Mesmo no bis, aclamado pela platéia ao fim da apresentação, foi feita uma repetição de Grite - longe de reclamar, e não que eu ache que exista alguma outra música tão eficiente para um "Gran Finale" à altura da experiência que é um show deles.
Como de fato o foi, com a platéia cantando junto o refrão de Grite, naquele ar de libertação que essa música reflete tão bem. Afinal, o Terreno Fala sobre liberdade, sobre voar, sobre um lugar onde tudo é possível, e é assim que parece a todos num show como o deles.
O Set List oficial foi:
Este é o Lugar / Água que Corre / Quando as Coisas ganham vida / AqueIôo / O Vôo Sempre Continua / Despertar / Pássaro Azul / Saci Pererê / Velho Espelho / Relógio do Sol / Grite BIS - Grite
Fotos por Erick Fernandes


O Set List oficial foi:
Este é o Lugar / Água que Corre / Quando as Coisas ganham vida / AqueIôo / O Vôo Sempre Continua / Despertar / Pássaro Azul / Saci Pererê / Velho Espelho / Relógio do Sol / Grite BIS - Grite
Fotos por Erick Fernandes
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