Cobertura: VIII Araraquara Rock - Sexta: Maquiladora, Fast Food Brazil, Venus Volts e Wry! Graham Bonnet?


Visitar Araraquara é sempre bom. Desta vez não íamos ao Caibar, mas explorávamos pela primeira vez o Araraquara Rock. Já em sua oitava edição, nunca havíamos prestigiado o evento, já que este acontecia sempre nas férias aqui da universidade. Desta vez a oportunidade surgiu e, mesmo desfalcada, a equipagem do Programa Bluga marcou presença. Em nossa chegada, já de longe, sabíamos onde estávamos pelo característico cheiro de laranja que permeava o ar. E o local do evento, o Teatro de Arena, ainda por cima, ficava do lado de uma Cutrale!

O Teatro de Arena "Pref. Benedito de Oliveira" ainda se mostraria um lugar excepcional. Fato engraçado é que ele fica na dita Praça da Bíblia. Já era uma incongruência uma praça pública ter este nome quando o Estado deveria ser laico. Agora, quando envolvemos religião e Rock, apesar do Rock Cristão, a coisa toda é no mínimo cômica.

Quando esperávamos o início da sexta-feira do Araraquara Rock, dia 10 de Julho, pensávamos na pontualidade de um evento público organizado pelo município. Chegamos às 17h15, esperando um leve atraso, já que tudo estava programado para início às 17h. Contudo, como sempre, o festival atrasou e veríamos os portões se abrindo apenas às 18h30. Estamos desacostumados em pensar em eventos da Prefeitura, SESC e afins sempre na hora.

A primeira impressão do Teatro de Arena é o vislumbre de suas arquibancadas imponentes, que se aproveitam genialmente dos altos e baixos da cidade: de fato uma grande arena aberta, como à época dos romanos, proporcionando ainda uma acústica única! Um palco excelente estava montado ali, dando o clima realmente de um grande show. Com o bom equipamento que dava as caras e a visão privilegiada do palco de qualquer parte do teatro, além dos dois telões com diversas câmeras, garantiria o prestigio das bandas.

No espaço da entrada, saguão do Teatro de Arena, ainda havia toda uma infra-estrutura para entreter o público com barraquinhas de comida, bar, banquinhas para venda de CDs e camisetas e até mesmo um bom set multimídia para abrigar duelos de Guitar Hero World Tour, com guitarra, baixo, microfone e bateria no kit.

Maldito Guitar Hero, a resposta à frustração daqueles que não nada tocam. Deveriam todos na verdade gastar suas dez horas de games por semana praticando com um instrumento for real. Em uns cinco anos eles tocariam Rush, mas enfim... Durante o evento aconteceria até um campeonato do jogo, todos os dias durante a tarde. E, ouso dizer, as partidas de Guitar Hero por vezes dividiam o público dos shows no palco do Araraquara Rock, deixando-os quase vazios, além de ser a atração dos intervalos.

Aquele ainda não era o dia do rock, mas o clima vinha se fazendo presente por toda a semana. Contudo, quase havíamos esquecido o evento. Também, não havia grande divulgação na grande mídia ou mesmo na especializada, sequer nas cidades próximas, pelo menos no que chegou até nos, e olhe que fuçamos bastante por aí. Um evento deste porte merecia um cuidado melhor nesta questão!

Após o já comentado atraso, subia ao palco a primeira escalada, a banda Sabre, direto de Santa Catarina, em pequena turnê pelo estado. Com o público ainda reduzido, Elias Scopel Liebl nos vocais e guitarra, Mario Oliva na bateria e Jean Medeiros no baixo nos traziam uma sonoridade dentro do Heavy Metal e do Hard Rock, beirando o pop do estilo. Com instrumental sem exageros, simplista, mas bem fundamentado, os vocais de Scopel são bons a ponto de incitar o ouvinte a cantar junto. Apesar de desconhecida do público, embalada os primeiros headbangers do dia. Destaque no setlist para Searching for a Moment e Boemia, das mais empolgantes dentro da proposta. A banda comentava ao público que ainda ao fim da noite no Teatro de Arena, iria dar uma palhinha no classudo Caibar para a verdadeira saideira.

Na seqüência, tínhamos a banda Voltz, de São José do Campos. Justificavam-se facilmente os prêmios em festivais de bandas patrocinados por grandes marcas de refrigerante ao saber que se tratava de uma banda de Pop Rock. Parecia-nos um tanto quanto deslocada ali, onde quem sabe pudesse encontrar meia-dúzia de novos fãs se bem posicionada na noite, mas não ali em meio a tribos que reinavam.

A Voltz é composta por Glauber Ribat na voz e guitarra, Fernando Bozo no baixo e Pablo Maranho na bateria. Com seu segundo álbum disponível pra download no MySpace, centravam aí sua apresentação, que não mostrava nada mais que o especulado.

Já nossa próxima banda era uma das esperadas deste lado de cá. Na verdade, começaria um excerto de três bandas que por si só já valiam a pena ter vindo a Araraquara. A primeira delas era a Maquiladora, de Mogi das Cruzes, promissora terra do já finado Mentecapto. Já nos era conhecida a tempos de nome, mas nunca havíamos visto seu som ao vivo.

A Maquiladora é composta por Thania D. nos vocais e na segunda guitarra, Aline Nynona no baixo, Andrea Marques na bateria e Thais Naomi na primeira guitarra. Agora, pensar na Maquiladora como o mundo de "bandas de meninas" que pipocaram nos últimos tempos é completamente enganoso. Aliás, a mídia precisa criar outro rótulo, senão deixar de usá-los, para não enganar o ouvinte ao falar de gente feito a Maquiladora. Bandas de... garotas?

Maquiladora é uma porrada, e essa é a verdade. Me lembram algo do avant-guard do Punk, como o Art-Punk. Sonic Youth? E não é só pelo vocal feminino, querendo trazer paralelos com Kim Gordon. Mas carrega muito do metal alternativo, também, criando som daqueles pra se botar todo dia no player.

Nesta apresentação, curta como em todo o festival, deslizavam várias de suas músicas, todas curtinhas: 01. Monster; 02. How Can I Call You; 03. Scenter Dog; 04. Full of Nothing; 05. Maybe They Were Right; 06. On my way; 07. Too Much Wine.


Com um vestido florido e sapatilhas pretas, Thania D. trazia seu vocal forte e marcante, que ao lado da garota-japa, totalmente shoegazer, Thais Naomi numa guitarra memorável faziam as primeiras rodas de mosh surgirem em meio ao público, que começava a se mostrar presente. Pela segunda vez elas batiam a porta do Araraquara Rock, já com publico conhecedor da pancada que é seu show.

Emendando outro show aguardado, Fast Food Brazil. Subiam ao palco Hugo Rafael, nos vocais junto de Bruno Peretti nas duas guitarras, Igor Paiva no Baixo e Italo Ribeiro na bateria e backing-vocals, que trariam uma boa combinação de elementos do Funk e mesmo de nossa MPB (cheirando a Clube da Esquina) para um bom Rock já apinhado de influências do nosso Progressivo, como bem denunciava a camiseta de Hugo a capa do primeiro álbum do Rush, de 1974 (que nem cheirava a Prog ainda, nem tinha Neil Pearty).

Por São Carlos eles já haviam passado no ano passado, na ocasião do 2º Rock na Estação. Não havíamos visto-os, junto também de Alex Valenzi (que tocaria nesta mesma noite naquele palco) não me lembro porque, mas imagino que fosse um motivo fortíssimo, já que os sujeitos são bons.

No setlist da noite, algumas das faixas que estão em seu EP lançado no ano passado e outras ainda por ver uma gravação: 01. Demônio Irracional; 02. Pedro Pobre Paulo Rico; 03. Tatu Catupiry; 04. Flagrante Fragrante; 05. Aliás; 06. Lavando Louça; 07. E Osso Pai.

Fast Food Brazil é um nome genioso. Juntar a comida brasileira ao hambúrguer industrializado americano e aos empanados de carne de frango compactado em um mesmo prato é justamente o que a banda faz, voltando ao nosso primeiro parágrafo sobre a banda. E ainda por cima algumas de suas letras vêm os falar sobre fundos-de-panela, catupirys e ossos-duros-de-roer, envoltas com um fundo social e político. Divertidíssimo!

A estrutura oferecida ali era animal, se é que não deu pra notar, muito embora pudesse ter envolvido maior público frente à magnitude do oferecido. A data, claro, privilegia as férias escolares, tanto é que o número de adolescente era grande no início do festival mas esquece o público universitário que cerca Araraquara, São Carlos e Ribeirão, foragido nesta época.

Mais meia-horinha de show por vir, fechava o excerto das bandas selecionadas que realmente aguardávamos a Venus Volts.

A banda é composta pela menina Trinity dividindo e alternando-se nos vocais com Pellê, que ainda segura uma das guitarras, enquanto Filipe encara a outra mais os backing-vocals junto de Dinho, do baixo, enquanto Du ataca a bateria.

Faixas como In Gold We Trust, XVI Century e Paper Boards fizeram seu repertório da noite. A maioria das composições ainda não foi lançada em um formato de álbum, apesar de a banda já ter material lançado ainda com a banda sob o nome de Fluid, incluindo o álbum cheio Do Not Disturb e o EP Mamma Hates.

Venus Volts trata-se de uma puta banda de Indie Rock, perdida aqui no meio do Brasil. Mais incursões, além mar, com certeza virão logo, quando é fácil pensar neles como saídos de um algum canto inglês.

Fechando o a apresentação das seis bandas selecionadas, deixando as partas abertas para as quatro bandas convidadas da noite, tivemos a apresentação da banda Carro Bomba. Rogério Fernandez (vocais), Fabrizio Micheloni(baixo), Marcelo Schevano (guitarra) e Heitor Schewchenko (bateria) fizeram um show fortíssimo de quem sabe o que faz com alguns vários anos de estrada, trazendo um metal em português autoral. Com bom instrumental e um excelente vocal para o estilo, que nos lembra muito a escola criada por Ronnie James Dio, Carro Bomba finalmente fazia a graça dos headbangers.

Engraçado como o público sempre surge para ouvir um bom metalzinho. Ali no Araraquara Rock as camisetas pretas predominavam na paisagem até então, bem como o grande número de adolescentes, em suas diversas tribos: metal, qualquer-coisa-core, punk(?) e afins.

Já beirando as dez da noite, começariam as bandas convidadas pela organização do evento para fechar este dia do festival. A primeira delas, Sananda, no entando, deixaria sérias indagações sobre estas escolhas.

Sananda trazia Wal no vocal, Caco e Wandinho nas guitarras, Marquinhos no baixo, Anderson nos teclados, todos fazendo vozes, acompanhados de Sussa na bateria. Contudo, não valia o esforço do baixista, que tocava sentado, ostentando um pé quebrado. Faziam um discurso em algumas de suas letras sobre motivos cotidianos, que embora relevantes, estavam travestidos em uma roupagem que os fazia motivo de chacota. Sua sonoridade nada mais era que uma pegada pop um dedinho mais trabalhada, com influências tanto do rock oitentista lá de fora, a la Trevor Rabin, e mesmo um Djavan por aqui, às vezes soando mesmo como Jota Quest!

No setlist, várias composições próprias mais alguns covers, falhos, que em nada abrilhantaram sua apresentação: 01. Tá Ficando Quente; 02. Por Que a Gente é Assim; 03. Tempo Pra Viver; 04. Fátima; 05. Fome de Você; 06. No Recreio; 07. Não Pode Ficar; 08. Gi; 09. Quando a Maré Encher; 10. Hey Joe; 11. Vida de Ilusão; 12. Top Top.

Sua vocalista nos lembra de levinho os trejeitos de uma Cássia Eller, se é que ela não tentava impostar o timbre em sua voz, o que sai bem denotado em Top Top, d'Os Mutantes, mas cantada como na versão da falecida cantora. E seu guitarrista, nada mais que medíocre, não segurava nem de longe um Lúcio Maia em Quando a Maré Encher. Pode ser que exageremos falar mal inclusive de seus cover, mas enfim, é o horror da proposta da banda que mata qualquer outra abordagem possível.

Entre o pop e a música de cunho realmente político e social, Sananda acaba não agradando a nenhum dos dois mundos, perdendo-se, sem público, sem sucesso. Ao descobrir que Sananda vem de Peruíbe, chegamos à conclusão que não passam de mais uma banda de balada, daquelas que encerram o réveillon na praia.

A esta hora, senão já há algum tempo, a população tomava os lugares da Arena, ainda que não a preenchendo de todo. Mais uma vez isso servia para provar que o povo gosta de sair sobre o cair da noite, todos notívagos.

Mudando da água para o vinho, veríamos a banda que nos prometia algo a dentre as bandas convidadas. Wry subia ao palco com Mário "Mario Bross" Silva nos vocais, guitarra elétrica e violão; Luciano "Lu" Marcelo na guitarra, W27 no baixo e Renato Bizar na bateria. Em passagem pelo Brasil, não podíamos deixar de vê-los.

Uma banda já com década de estrada feita. Nisso certamente ela passou por vários momentos do nosso rock recente e acabou explorando várias sonoridades, incursionando por vários estilos, sua apresentação começava perdendo-se no Post-Grunge, flertava como Post-Punk e, a metade à frente entrava no Post-Rock. Nada mais são que showgazers de marca maior!

Para a noite, a seqüência: 01. Sister; 02. Airport Girl; 03. Bitter Breakfast; 04. Million Stars; 05. Disorder; 06. Nossa História; 07. Dois Corações; 08. In The Hell; 09. Luzes. Em sua maioria composições de seu último álbum cheio, She Science e do EP Whales and Sharks. Foi uma apresentação forte, agitadíssima, acelerada, encabeçada pelo baterista, louquíssimo.

"Há muito tempo atrás (sic) tocávamos em Araraquara, em uma faculdade, e tomamos muito suco de laranja... Chegando aqui, já sentimos o cheiro, bateu aquela nostalgia" - nos dizia Mario Bross, um pouco canastrão, como já podem dar-se ao luxo de ser sujeitos com mais de trinta e muita estrada andada.

Ponto alto da noite, a faixa Nossa história começa agora, onde o guitarrista Luciano Marcelo usava um arco para tocar, enquanto Mario Bross empunhava um violão acústico: post-rock em português.

E antes do grande final, com Graham Bonnet, Alex Valenzi! Junto do Fast Food Brazil, que já tinha dado o ar de sua graça, também estavam escalados para o 2º Rock na Estação, em São Carlos, no ano passado.


Subindo ao palco, o pianista imediatamente fez o público descer as escadarias à frente do palco e dançar o twist! Ao final do show, era toda uma massa que se embalava ao seu som, lotando a ravina do Teatro de Arena. Claro, a esta altura, virando a meia-noite, tínhamos um público que já estava ali para curtir a noite, heterogêneo ainda, mas aberto ao eclético rockabilly.

Alex Valenzi, no piano boogie woogie era acompanhado de Caio Durazzo na guitarra, MacCoy na bateria e investidas nos vocais e Leandro Negri no contra-baixo. Aliás, um belo contrabaixo, com acabamento em Black Piano, estilosíssimo. Não obstante carregava ainda cordas de náilon em um verde-limão fluorescente. Estilo MESMO, regado a acrobacias com o instrumento.

Mas não era só pose que a trupe tinha. Bem justificada era a comoção do público, atingindo aí o maior número de pessoas do dia dentro da Arena (Nisso, o Guitar Hero havia acabado, então as pessoas só tinham UM show pra assistir, agora).

E tão bom foi, com todos dançando a exaustão, que as pessoas deixavam o espaço ao fim do show de Alex Valenzi. Os poucos que sobrariam para nossa atração principal eram, realmente, fãs do trabalho de Bonnet, ou, mais quem sabe, do Rainbow, apesar de apenas um álbum gravado no curso de pouco mais de um ano na banda.

Graham Bonnet subiria ao palco já às 01h20 da matina. Acompanhavam-no a Paulo Zinner Rockestra. Paulo Zinner, baterista, nome famoso no círculo do Hard Rock nacional, apresentava Daniel Latorre nos teclados, Rodrigo Montovani no baixo, Fernando Piu na guitarra e as belas moças Jenifer Pauzner e Vanessa Caran.

Bonnet é mais uma das muitas figuras emblemáticas de uma geração que não voltará, embora lembrada por muitos, admirada, senão venerada por outros tantos. E este era o público presente ali que entoava as letras e fazia o Headbanger, em ode a um velhote caquético, arrebentando a garganta para arrancar algumas notas mais altas.

Graham nos trazia no repertório as melhores do álbum Down to Earth, do Rainbow, assim como duas faixas do Alcatrazz, God Blesses Video e Will You be Home Tonight e uma do MSG, Desert Song. Segue o setlist: 01. Eyes of the World; 02. God Bless Video; 03. Love's no Friend; 04. Bad Girl; 05. Desert Song; 06. Sons and Lovers; 07. Stargazer ; 08. Will You Be Home Tonight; 09. Kree Nakoorie; GUITAR SOLO 10. Since You Been Gone; 11. All Night Long; 12. Lost In Hollywood;

O show teve alguns problemas logo a seu começo, o PA desaparecendo a toda hora, chegando a irritar Bennet. As backing-vocals bem poderiam ter um pouco mais de volume para se fazerem sentir de fato e quem sabe quebrar o galho de Bonnet. Mesmo porque Bonnet nos contava que esteve doente aquela semana, tendo passado por quarto hospitais, com uma forte gripe. "I feel like shit" nos dizia o vocalista. Claro que as garotas seguravam muito as pontas ali. Se elas pudessem ser ouvidas mesmo, teriam feito grande diferença no show. Graham Bonnet subia ao palco vermelho como um camarão, como quem passou alguns dias na praia. Não era à toa sua gripe.

Pontos altos ali eram os teclados mais Jon Lord do que nunca, em faixas como Love's no Friends e Stargazer, que ainda trazia um poderoso solo de guitarra de Fernando Piu. Contudo, o esperado solo de bateria de Paulo Zinner foi, digamos, clássico demais. Às antigas, todos haviam deixado o palco, voltando só após o solo de Zinner, para retomar Stargazer. Contudo, o solo parecia limitado, mesmo dentro do Hard Rock mais clássico.

Em All Night Long, já ao final do setlist, o velhote ainda tinha algumas cartas na manga, arrancando uns berros sabe se lá de que corda vocal, que não lhe restava nenhuma. Era a empolgação de seu maior hit.


Ao final do show, já não eram muitos os que mais os que restavam aí. Graham parecia très decepcionado com a evasão de público, notando que enquanto Alex Valenzi tinha mil e tantas pessoas assistindo, não lhe sobrava nem metade. Dizia ele ironicamente que já era tarde, hora de dormir. A população do Teatro Arena havia se reduzido para duzentos, trezentos se tanto ao final do show de Graham e não, não era o adiantado da hora que havia mandado as crianças de volta para casa. Bonnet agradecia muito a banda, contando-nos que houve pouco tempo para montar o show e ensaiar. Saía do palco sem bis, não atendendo aos tímidos gritos de "one more song" da platéia.

Engraçado não termos visto aí, no espaço do Araraquara Rock a mídia de sempre dos festivais. Mesmo com uma porrada de bandas independentes, nada de Trama, nada de Radiola, nem mesmo Auto-Falante.

O evento ainda teria mais dois dias, sábado e domingo 11 e 12 de julho, regados a metal e hardcore na agenda, respectivamente, mas enfim, estamos de férias.

Pelo menos este era um evento onde as caras mudavam um pouco, quando em São Carlos já estamos acostumados com os mesmos rostos, sempre. Aqui, além de alguns dos sujeitos envolvidos com a cena com quem trombamos sempre também, havia um novo público que estava ali para prestigiar o show. À esta altura, o preto predominante das arquibancadas ganhava alguns pontos coloridos. Tínhamos algo perto de mil pessoas no espaço do Teatro Arena. Ao longo do dia muitas mais passaram por ali. Nos três dias do evento quanto teria ele atingido? cinco mil pessoas? Sucesso, praticamente. Também, pudera, oitava edição! Nós é que estávamos atrasados.



Mais fotos do evento podem ser vistas na nossa conta no Picasa!

Fotos: Henrique Resek (Maquiladora); Sergio Martins (Sabre, Alex Valenzi e a última foto de Graham Bonnet); Milton Purple (Fast Food Brazil, Carro Bomba, Wry e a primeira foto de Graham Bonnet).


3 comentários:

Daniel Says disse...

Muito bom, adoro Wry.

Arte.Bola disse...

Cara muito bao a materia, uma pena nao ter a cobertura de sabado e do Domingo que foi o Ápice do festival com Cj Ramones!
Abraços
HenriquePunk.

http://minhasagacontinua.blogspot.com disse...

muito bacana a reportagem. o show que o mário comenta foi o show de lançamento do fanzine tertúlia, que editei nos anos 90. é muita coincidência ler somente agora o comentário do mário, porque faz duas semanas que retomei o tertúlia, mas como sítio(www.tertuliaonline.com.br), seja bem-vindo quem aparecer. o show foi no d. a. da odonto, num longínquo 5 de setembro de 95. wry, motorcycle mama e punta tocaram e foi bom pra caramba. outra coisa é que eu, que não moro em araraquara há 10 anos, não sabia desse show no teatro de arena, que tem realmente uma acústica muito boa; senão teria ido ver wry, porque os caras são bons e honestos no que fazem. abraços, pessoal. renato