Mentecapto acabou. Separaram-se. Partido em pedaços. Se desfez, desmanchou, desmoronou, desmantelado. It's over. Se fini.
Bandas vem e bandas vão. Seja porque aviões caem, seja porque o homem é carregado de ego, seja por uma nova ideologia ou um novo amor. No final, o que importa é o que realmente elas deixaram, como legado.
A notícia já está até velha, mas julgamos necessário registrar, já que ninguém comentou por aí. E além disto, vamos deixar alguns prospectos futuros e passados, do tal legado e perspectivas novas.
Descobrimos o buxixo ainda pouco depois de nosso aniversário de um ano, quando até levamos a faixa O Réquiem para tocar durante nossa entrevista na Rádio UFSCar, no programa Independência ou Marte. Réquiem, justamente uma homenagem, póstuma. O que nos chegou primeiro, foi um tópico na comunidade da banda no Orkut, onde ao se perguntar da previsao para novos shows, a resposta dada por Henrique Rosek foi de que:
"vc(sic) não vai mais poder ver nenhum show do Mentecapto, rs...
Foi pro saco... R.I.P."
Depois, no fotolog da banda, uma mensagem mais oficial, datada de 23 de Março último:
"2007 - 2009. É isso! Gostaria de agradecer a todos que nós ajudaram, apoiaram, adoraram, odiaram. Dizem que o que é bom dura pouco. Poderia ser uma grande mentira. Não me contento com isso. Até a próxima!"
Esta era a derradeira confirmação do fim do Mentecapto, uma das mais promissoras bandas que assistimos e resenhamos (AQUI, também num dos melhores textos, numa auto-crítica) no primeiro ano do Programa Bluga.
Entramos em contato com André Marques, um dos guitaristas do Mentecapto e confirmamos que a banda de fato havia acabado, logo na primeira semana de fevereiro deste ano. Segundo ele, após a saída da baixista Priscilla Inoue, que departou para a Irlanda, o principal motivo reside num conflito de ideologias entre os membros remanescentes.
Nisso, dos quatro rapazes, já sabemos de experimentações de André, autor da única tentativa de rolar um coverzinho de The Mars Volta ao vivo que presenciamos no país, e Alexandre Lima, o irriquieto vocalista da banda. Do outro lado, Henrique Resek e Leandro Garcia, guitarista e baterista, quem sabe.
Agora, em nossa resenha haviamos comparado algo da sonoridade ao The Mars Volta, o que foi bem comprovado na entrevista dada para o Trama Virtual. Contudo, será que não seria esta cisão na verdade como o fim do At The Drive-In, banda que originou TMV e o Sparta? Se encararmos assim, em definitivo algo melhor está por vir.
Aliás, Mentecapto tinha uma sonoridade que lembra em muito The Mars Volta apresentado no seu novo álbum, que já vazou pelas internetes da vida, só sai oficialmente agora 23 de Junho. Bem mais acessível, o Octahedron deve agregar mais fãs a banda. Fãs estes que sentiriam cair muito bem Mentecapto, e ficariam extasiados com a proposta ao vivo dos sujeitos, tão frenética quanto de seus inspiradores.
Agora, um dos maiores medos que acometem o Programa Bluga recaem justamente em apontar uma banda que não dure mais um mês. Felizmente, isso não aconteceu. Mas aconteceu de não durar um ano.E, mais interessante ainda, no mínimo, Mentecapto deixa como legado uma bela tentativa em terras brasileiras. Ao mesmo tempo em que explorava alguns dos elementos de bandas do nu prog lá fora (mais The Strokes?), acrescentavam certa brasilidade a seu som. A única coisa boa de se enterrar uma banda tão cedo é que preserva-se sua proposta original, não incomentendo em erros, sem nunca ter aquele segundo álbum pavoroso. Selo Programa Bluga aprova!
2 comentários:
Acontece né!
Detalhe: o nome é Henrique RESEK, eheheheh!
Abraço a vocês, a gente se vê ainda, certamente!
Pois é...
E erros de tipografia também acontecem, especialmente em nomes próprios! Mas está corrigido!
Abraços
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