Acompanhamos no dia 13 de Setembro o II Festival Rock na Estação, que reuniu nove bandas dos mais diversos estilos em apresentação GRATUITA. Como bem diz o nome, tudo aconteceu na antiga Estação Ferroviária de São Carlos, conhecida hoje simplesmente como Estação Cultura, possivelmente o lugar mais bacana para shows em Sanca Rock City. Além da primeira edição do Rock na Estação, o espaço já foi casa do memorável Festival Contato, onde presenciamos com orgulho apresentações do ½ Dúzia de 3 ou 4, Tom Zé, The DT’s e, irrecuperável, Daevid Allen com o GONG Global Family.
Com organização por conta da Cultura Independente Produções, selecionou-se as bandas inscritas via internet, avaliando músicas, fotos, logo e press releases de cada uma. Tentando levar um público maior ao meio underground, acabaram trazendo aquelas fundamentadas no rock autoral, já com bom número de composições. Iniciativa louvável, que força-nos a escrever um pouco sobre. Assim, contribuímos em certo aspecto, mesmo que nessa cobertura não consigamos transparecer o ideal procurado em um review nosso. Enfim, considerando as muitas horas de brincadeira, vamos relatá-la de modo geral.
Um dos males de se programar as coisas é que ninguém nunca espera que se comece na hora. Mais uma vez não foi diferente. O início para às 14 horas foi pro espaço, entrando a primeira banda somente às 14h40. Contudo, mesmo com o atraso, o público não havia chegado à Estação ainda. Assim, Malditas Ovelhas! acabou desperdiçando sua puta apresentação na abertura do dia pra duas-três dezenas de pessoas. Tocando um som instrumental, com mínimas incursões ao microfone, em quatro componentes, três deles alternando-se em alta promiscuidade em bateria, baixo e teclados, deixando de fora da farra o guitarrista. Houve ainda a incursão de Fabiel Merck na percussão, ele o tecladista do mítico Javali Underground(?). Já acompanhamos de perto esse pessoal de Araraquara e estaremos circundando-os novamente, afinal seu som experimental não se pode deixar passar.
Na seqüência, outra banda de Araraquara teve sua vez. Com poquito mais de público a esta altura, subiu ao palco o Churrasco Elétrico, para sua meia-hora de Festival. De personagens caricatos, com vestuário e cabeleiras arquitetadas no psicodélico, deixavam clara a influência daquela banda de Liverpool. Ainda de ressaca do show na noite anterior em Araraquara, trouxeram as faixas Por aí, Churrasco Elétrico, Magias Modernas, Estalo do Trago e a excelente Jujuba-Doce, todas mostrando que o estilo não ficava só na roupagem, transparecendo sua influência também nas composições. Material saudosista, pra não dizer que caímos no clichê do revival, está disponível nas internets da vida.
Vindos de Campinas, era a vez da banda Eskambo, com Pablo nos vocais, Tom na guitarra, Gustavo no baixo, Foia nos teclados e Gabriel Fedel, conhecido das paragens do CAASO e organização do MACACO, na bateria. Apresentaram um som marcado por ritmos brasileiros, com espertas incursões de tambores e pífano. Grande destaque para as faixas Dona Tereza e Sobre o Peso e a Patada do Elefante. Com poucas de suas faixas gravadas, disponíveis para download, aguardamos mais material e visitas ansiosamente.
Apesar de mostrar-se um festival eclético, nos seus diferentes estilos dentro dum mesmo espaço (sem falar na tentativa de descentralização do cenário paulista com uma banda sulista), seu andamento foi muito bem conduzido, criando este primeiro excerto mais voltado ao Alternativo, vindo numa zona de transição para cair no Indie propriamente dito e mais além visitar o Metal.
Assim, com o público já esquentando, embora sem intimidade com o palco, vieram os três da Instiga: Christian Camilo nos vocais e guitarra, Gabriel Duarte no baixo e Sérgio Lombardi na bateria. Também de Campinas, tendo rodado clipe na MTV, tocado na rádio americana Woxy e cotados até em concurso musical pela BBC, os rapazes já estão em seu quarto álbum. Clamando para que o público se aproximasse do palco, mostraram seu som com influências da MPB traduzidas em arranjos de guitarra e na voz rouca de Christian. Introduzindo seu novo álbum, Tenho uma Banda, disponível para download na integra no site da banda, mostraram as faixas Puma, Freira, Porto Inteiro, Wagner e Aquela da Cachorrinha. Trouxeram ainda a excelente Sabiá, de seu álbum de 2007, Menino Canta Menina, e também Ivan, O Terrível. Foi uma apresentação competente e cativante, embora a sutileza de seus arranjos no estúdio tenha se perdido um pouco en vivo.
Já com grande platéia, em suas duzentas, trezentas pessoas, inverteram a ordem das bandas, trazendo naquele fim da tarde os gaúchos da Sociedade Bico de Luz, SBL como queiram. Igor Almeida no vocal, trajando sua amarela-camiseta-nelle-and-sebatian, Rodrigo Medeiros no baixo, Thomas Nasário numa das guitarras, Orley Taege Jr. noutra e Maikel Silva na bateria. Primeira banda a verdadeiramente se entrosar com público, mostraram seu trabalho introduzindo o conteúdo do álbum Doe Rock ao Emocentro (assim mesmo, sem ahá), numa conversa amistosa. Fizeram a única incursão de covers da noite, com um Raul, a pedidos, em Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás. Com produção e som atendendo o comercial, pop, o show foi bem levado, citando as faixas Nosso Amor é Rock, Excursões pra Expointer, TPM(em homenagem a banda que viria posteriormente, Plano Próximo), Meu Bem e Suplementos Alimentares.
E às 18h30 vinha a Voluta, com Serginho na guitarra, a garota Mandi na bateria e o novo baixista da banda, Iran Ribas. Entraram deixando muito claro que estavam ali para fazer um som próprio e que não, não atenderiam aos pedidos da platéia. Pedidos completamente despropositados por sinal, que irritaram até o lado de cá. Fizeram seu som, com as faixas de seu EP(disponível para download no myspace da banda), mais aceleradas que no original, incluindo composições não-gravadas ainda. Com incursões nos vocais de todos da banda, poderia ter sido interessante não fosse o fato de se perder muito da voz de Mandi, especialmente na esperada Guardando pro Pior. Tocaram ainda as faixas Carrossel, Boçal, Vida de Cowboy, Vidinha Idiota, o grunge então intitulado Décimo Primeiro, e encerraram com a faixa Bala me Seduz, onde Serginho e Iran trocam instrumentos. Tendo visto-os já em apresentação no Caibar, podemos dizer que não foi a melhor apresentação dos três, mas sendo a primeira em São Carlos não se podia perder.
Finalmente subindo ao palco uma prata da casa, o Plano Próximo veio com o Powerpop de seu álbum de debute, Wasabi, já conhecido por nós de post passado. Escolados de vários palcos no país, Carol, Gustavo, Rachel, Ian e D2 entraram na primeira hora da noite com as faixas Nada de Mais, Ou Não, Nervosa, Você tem que se mexer, Pior que porrada, Eu só queria conhecer seu cachorro, Vou capotar, Doce vida, TPM Song (em homenagem à SBL). Com necessários gatos pingados já indo no coro junto com a banda, o Plano Próximo firmava seu público.
E até então, nada sobre as palestras do evento, muito embora ninguém tivesse sentido falta delas. Com temas sobre Homofobia e Vegetarianismo, a iniciativa era válida, entretanto interromper as apresentações para que os palestrantes entrassem com telão e data show não foi uma das idéias mais felizes, ainda por cima com o Festival já se encaminhando para seu final, passando muito das oito. Fica a sugestão para manter atividades como esta em paralelo com os shows, já que a Estação proporciona espaço físico para isso. Nada diferente do que seria com as oficinas de circo e afins, que infelizmente não puderam acontecer.
Nisso, aproveitamos para uma escapulida.
Voltamos a tempo da última apresentação tão somente, já às 21h30, perdendo a queda de energia que nos relataram posteriormente, além da apresentação da banda Julgamento, de Itirapina (muito embora o estilo não nos agradasse nada-nada). Notamos ao reentrar a Estação uma drástica mudança nas cores do público: Saia o colorido e predominavam as camisetas pretas, embaladas à la Zakk Wylde mode com a banda são-carlense MothercoW. Foi uma das últimas apresentações com a banda contando com cinco membros, Guizão nos vocais, Kenny e Danyel nas guitarras, Heitor no baixo e BD na bateria. Tabém foi uma das poucas apresentações aqui em sua cidade natal, já que estão com certa evidência com apresentações por todo o estado. Fizeram um show forte, conseguindo entusiástica participação do público, quebrando-se em muito moshing. Conseguiram tomar a platéia, levando a pedidos de bis, encerrando a noite com merecido tempo extendido.
Claro que a festa ainda não acabava por aí, continuando no Armazém com a banda Fast Food Brazil, de Sorocaba, e Alex Valenzi & The Hideway Cats, mas a tal força maior não nos deixou ir até lá.
Com organização por conta da Cultura Independente Produções, selecionou-se as bandas inscritas via internet, avaliando músicas, fotos, logo e press releases de cada uma. Tentando levar um público maior ao meio underground, acabaram trazendo aquelas fundamentadas no rock autoral, já com bom número de composições. Iniciativa louvável, que força-nos a escrever um pouco sobre. Assim, contribuímos em certo aspecto, mesmo que nessa cobertura não consigamos transparecer o ideal procurado em um review nosso. Enfim, considerando as muitas horas de brincadeira, vamos relatá-la de modo geral.
Um dos males de se programar as coisas é que ninguém nunca espera que se comece na hora. Mais uma vez não foi diferente. O início para às 14 horas foi pro espaço, entrando a primeira banda somente às 14h40. Contudo, mesmo com o atraso, o público não havia chegado à Estação ainda. Assim, Malditas Ovelhas! acabou desperdiçando sua puta apresentação na abertura do dia pra duas-três dezenas de pessoas. Tocando um som instrumental, com mínimas incursões ao microfone, em quatro componentes, três deles alternando-se em alta promiscuidade em bateria, baixo e teclados, deixando de fora da farra o guitarrista. Houve ainda a incursão de Fabiel Merck na percussão, ele o tecladista do mítico Javali Underground(?). Já acompanhamos de perto esse pessoal de Araraquara e estaremos circundando-os novamente, afinal seu som experimental não se pode deixar passar.
Na seqüência, outra banda de Araraquara teve sua vez. Com poquito mais de público a esta altura, subiu ao palco o Churrasco Elétrico, para sua meia-hora de Festival. De personagens caricatos, com vestuário e cabeleiras arquitetadas no psicodélico, deixavam clara a influência daquela banda de Liverpool. Ainda de ressaca do show na noite anterior em Araraquara, trouxeram as faixas Por aí, Churrasco Elétrico, Magias Modernas, Estalo do Trago e a excelente Jujuba-Doce, todas mostrando que o estilo não ficava só na roupagem, transparecendo sua influência também nas composições. Material saudosista, pra não dizer que caímos no clichê do revival, está disponível nas internets da vida.
Vindos de Campinas, era a vez da banda Eskambo, com Pablo nos vocais, Tom na guitarra, Gustavo no baixo, Foia nos teclados e Gabriel Fedel, conhecido das paragens do CAASO e organização do MACACO, na bateria. Apresentaram um som marcado por ritmos brasileiros, com espertas incursões de tambores e pífano. Grande destaque para as faixas Dona Tereza e Sobre o Peso e a Patada do Elefante. Com poucas de suas faixas gravadas, disponíveis para download, aguardamos mais material e visitas ansiosamente.
Apesar de mostrar-se um festival eclético, nos seus diferentes estilos dentro dum mesmo espaço (sem falar na tentativa de descentralização do cenário paulista com uma banda sulista), seu andamento foi muito bem conduzido, criando este primeiro excerto mais voltado ao Alternativo, vindo numa zona de transição para cair no Indie propriamente dito e mais além visitar o Metal.
Assim, com o público já esquentando, embora sem intimidade com o palco, vieram os três da Instiga: Christian Camilo nos vocais e guitarra, Gabriel Duarte no baixo e Sérgio Lombardi na bateria. Também de Campinas, tendo rodado clipe na MTV, tocado na rádio americana Woxy e cotados até em concurso musical pela BBC, os rapazes já estão em seu quarto álbum. Clamando para que o público se aproximasse do palco, mostraram seu som com influências da MPB traduzidas em arranjos de guitarra e na voz rouca de Christian. Introduzindo seu novo álbum, Tenho uma Banda, disponível para download na integra no site da banda, mostraram as faixas Puma, Freira, Porto Inteiro, Wagner e Aquela da Cachorrinha. Trouxeram ainda a excelente Sabiá, de seu álbum de 2007, Menino Canta Menina, e também Ivan, O Terrível. Foi uma apresentação competente e cativante, embora a sutileza de seus arranjos no estúdio tenha se perdido um pouco en vivo.
Já com grande platéia, em suas duzentas, trezentas pessoas, inverteram a ordem das bandas, trazendo naquele fim da tarde os gaúchos da Sociedade Bico de Luz, SBL como queiram. Igor Almeida no vocal, trajando sua amarela-camiseta-nelle-and-sebatian, Rodrigo Medeiros no baixo, Thomas Nasário numa das guitarras, Orley Taege Jr. noutra e Maikel Silva na bateria. Primeira banda a verdadeiramente se entrosar com público, mostraram seu trabalho introduzindo o conteúdo do álbum Doe Rock ao Emocentro (assim mesmo, sem ahá), numa conversa amistosa. Fizeram a única incursão de covers da noite, com um Raul, a pedidos, em Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás. Com produção e som atendendo o comercial, pop, o show foi bem levado, citando as faixas Nosso Amor é Rock, Excursões pra Expointer, TPM(em homenagem a banda que viria posteriormente, Plano Próximo), Meu Bem e Suplementos Alimentares.
E às 18h30 vinha a Voluta, com Serginho na guitarra, a garota Mandi na bateria e o novo baixista da banda, Iran Ribas. Entraram deixando muito claro que estavam ali para fazer um som próprio e que não, não atenderiam aos pedidos da platéia. Pedidos completamente despropositados por sinal, que irritaram até o lado de cá. Fizeram seu som, com as faixas de seu EP(disponível para download no myspace da banda), mais aceleradas que no original, incluindo composições não-gravadas ainda. Com incursões nos vocais de todos da banda, poderia ter sido interessante não fosse o fato de se perder muito da voz de Mandi, especialmente na esperada Guardando pro Pior. Tocaram ainda as faixas Carrossel, Boçal, Vida de Cowboy, Vidinha Idiota, o grunge então intitulado Décimo Primeiro, e encerraram com a faixa Bala me Seduz, onde Serginho e Iran trocam instrumentos. Tendo visto-os já em apresentação no Caibar, podemos dizer que não foi a melhor apresentação dos três, mas sendo a primeira em São Carlos não se podia perder.
Finalmente subindo ao palco uma prata da casa, o Plano Próximo veio com o Powerpop de seu álbum de debute, Wasabi, já conhecido por nós de post passado. Escolados de vários palcos no país, Carol, Gustavo, Rachel, Ian e D2 entraram na primeira hora da noite com as faixas Nada de Mais, Ou Não, Nervosa, Você tem que se mexer, Pior que porrada, Eu só queria conhecer seu cachorro, Vou capotar, Doce vida, TPM Song (em homenagem à SBL). Com necessários gatos pingados já indo no coro junto com a banda, o Plano Próximo firmava seu público.
E até então, nada sobre as palestras do evento, muito embora ninguém tivesse sentido falta delas. Com temas sobre Homofobia e Vegetarianismo, a iniciativa era válida, entretanto interromper as apresentações para que os palestrantes entrassem com telão e data show não foi uma das idéias mais felizes, ainda por cima com o Festival já se encaminhando para seu final, passando muito das oito. Fica a sugestão para manter atividades como esta em paralelo com os shows, já que a Estação proporciona espaço físico para isso. Nada diferente do que seria com as oficinas de circo e afins, que infelizmente não puderam acontecer.
Nisso, aproveitamos para uma escapulida.
Voltamos a tempo da última apresentação tão somente, já às 21h30, perdendo a queda de energia que nos relataram posteriormente, além da apresentação da banda Julgamento, de Itirapina (muito embora o estilo não nos agradasse nada-nada). Notamos ao reentrar a Estação uma drástica mudança nas cores do público: Saia o colorido e predominavam as camisetas pretas, embaladas à la Zakk Wylde mode com a banda são-carlense MothercoW. Foi uma das últimas apresentações com a banda contando com cinco membros, Guizão nos vocais, Kenny e Danyel nas guitarras, Heitor no baixo e BD na bateria. Tabém foi uma das poucas apresentações aqui em sua cidade natal, já que estão com certa evidência com apresentações por todo o estado. Fizeram um show forte, conseguindo entusiástica participação do público, quebrando-se em muito moshing. Conseguiram tomar a platéia, levando a pedidos de bis, encerrando a noite com merecido tempo extendido.
Claro que a festa ainda não acabava por aí, continuando no Armazém com a banda Fast Food Brazil, de Sorocaba, e Alex Valenzi & The Hideway Cats, mas a tal força maior não nos deixou ir até lá.
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