E pela excepcional iniciativa do Grupo de Som do CAASO, me vejo forçado a desandar com a vida e começar um projeto particular, homenageando a todos com um reviewzinho (quem sou eu!?!) do que São Carlos ouviu na noite do dia 14 de março de 2008: Três bandas de alta conta tocando o que há de melhor do Rock Progressivo e Psicodélico nacional e de além mar, correndo lado a lado com um sempre bom Hard Rock, como bem diz o nome da coisa toda.
Abrindo a noite, os mais que caseiros do Homem com Asas, banda são-carlense de boas raízes, tarimbada do circuito regional, em performance com sua formação completa. Aqui, só resta o cuidado de não nos despendermos em elogios verborrágicos, já que a banda é sempre a preferência. No setlist, os sujeitos apresentaram uma série do bom e velho hard rock e outros mais, preparados numa cozinha de alto-padrão, com molho de guitarras e teclados, acompanhados de um vocal de bom gosto.
Entrei ao embalo de Carry On My Wayward Son, do Kansas, sendo logo brindado com aquele grude de riff.
Mas, mostram a que vieram mesmo adiante, com uma ensurdecedora Burn, do Purple. Trouxeram a luz o baixo com marcação de personalidade de Gabriel Zoppo, mostrando porque é que ele já tocou com o Daevid Allen sendo embraçado pela Gong Global Family. São dignos de nota na faixa também os teclados onde não falta estro do cabra Fernando Macabro, vindo na toada das guitarras e sobressaindo-se no lugar, razão e circunstâncias exatas. Em show anterior na mesma batcaverna os teclados estavam com volume exagerado, chegando mesmo a minguar a guitarra. Mas o grande lance desta canção é o vocal de Gus Stardust, entrando e saindo no alto, trazendo a memória o melhor de Coverdale e Glenn Hughes incorporados numa garganta só (tudo bem que os guitarristas fazem back, mas não dá pra levar em conta).
Levaram bem a população do CAASO, já expressiva para um show de rock em véspera de feriado prolongado. Não resta sombra de dúvida que são conhecidos do pessoal (de sempre) dali, fazendo sair de casa até com a primeira friagem do ano.
Já conhecida a bateria de longínquas apresentações de X-Raptor e de outras datas do HcA, Luciano Matuck, maduro e seguro no cargo (também pudera, quantas noites de palco o então garoto tem?), mostra mais uma vez os resultados no estudo do estilo. Falta pouco!
Encerraram o show com a providencial Dogs, cover inspiradíssimo do Pink Floyd, dessa vez com a segunda guitarra de Marcelo Minduim, que haviam ficado devendo o show da semana do Bixo na USP, fazendo toda a diferença. Minduim vem revezando, sem fazer feio, ao longo do show com Danilo Fruits, este de dedos calejados, possivelmente melhor dos guitarman de São Carlos. Longamente, a faixa soou deliciosa nos seus mais de quinze minutos, arrebatando o público e dando a chance para provar cada nuance do caldo preparado, nas diversas incursões e retomadas da faixa do célebre álbum do Space Rock(???)(fodam-se os críticos).
Dado o formato do festival, acabam sendo apresentações curtas, com cerca de uma horinha cada. Assim, os homens alados saem do palco já deixando saudades, mas como bem anunciou o vocal, a noite ainda viria a trazer novas supresas, do pessoal de fora trazido pela organização. Claro que a banda não nos cansa nunca, e ficaram devendo aquela dobradinha Traveller in Time/Easy Livin', e outra que estou querendo ver faz tempo, Aqualung.
Pausa prum chá-mate gelado e prometo a segunda e terceira parte do show logo mais.
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